segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Panos sobre os mastros ou Conversa para adomercer uma boiada II.

Quanta hipocrisia.
Causam-me náuseas, as perversas comédias pastelões que os fantásticos globais da vida me proporcionam.
Um circo dos horrores visto como estilo de vida pelos muitos milhões de semanais fantoches fanáticos.
Pobres e quase pretos de tão pobres ou quase pobres de tão pretos (não podia me privar de parafrasear dois dos meus ídolos), nas favelas, subúrbios e periferias (mais pobres do que periféricas) da nação sonham acordados em ser parte da elite e chutar mil cabeças.
Não que eu também não sonhe chutar mil cabeças.
Pessoas alienadas preocupadas mais em manter suas ilusões do que de fato tentar ascender na vida.
E, infelizmente, eu não posso culpá-las.
Foucault diz que o mundo espera que sejamos imbecis.
Essas pobres pessoas estão apenas se submetendo ao discurso conformista que elas mesmas ajudam a manter.
Pessoas carismáticas, que podem até ser impolutas (mas que não vão mudar o mundo), como Regina Casé, querem nos fazer crer que está tudo bem com a parcela miserável da população, contribuindo para a estagnação da própria.
E o nosso Estado, ao contrário do que se espera de uma nação digna, apenas contribui para essa situação.
Panis Et Circenses.
Malditas pessoas na sala de jantar.
Ali estão os panos sobre os mastros e ainda assim estão todas mofando em suas casas de lata, de terra ou de cimento cru e úmido.
É claro que o Estado não vai se mexer.
Está tudo muito cômodo para Ele.
Eu tenho é a vontade de chacoalhar cidadão por cidadão.
Esperem.
Domingo.
Ruas vazias.
Olhem por dentro das janelas.
Pessoas obstinadas, alienadas preocupadas mais em manter suas ilusões do que de fato tentar ascender na vida.
Ascender na vida?
Vida?
Acho que me perdi.
Difícil é pensar com televisão ligada.
Desliguemos, pois, o aparelho e cantemos nosso hino.
Todos juntos; The Star Spangled Banner!! -logo após o minuto de silêncio pelos milhares de pobres estadunidenses mortos na tragédia de onze de setembro que aconteceu há três, quatro, oito.. há alguns anos atrás.


Domingo, dia 21 de outubro de 2007.

sábado, 20 de outubro de 2007

Vontades excêntricas que se manifestam em mim quando ouço determinadas coisas.

Polyphonic Spree me dá vontade de dar a mão a todas as pessoas do mundo (vestidas com roupas coloridas), desejar a paz mundial e abraçar a todos.
Animal Collective me dá vontade de convidar um grupo de pessoas vestidas com roupas coloridas a ir à pracinha aqui do lado acender uma fogueira e pular em volta.
Jean-Jacques Perrey me dá vontade de dançar com uma frigideira.
Leslie Feist me dá vontade de dormir.
Acid Mothers Temple me dá vontade de fazer sexo com uma anta.
Os Zombies me causam uma ânsia terrível de abrir um sorriso largo.
Blossom Toes me dá vontade de abrir um sorriso largo, me vestir de palhaço e ir à Belo Horizonte ajudar o Bernardo a distribuir balões coloridos para crianças carentes.
Van Dyke Parks me dá vontade de abrir um sorriso largo, me vestir de palhaço, ir à Belo Horizonte ajudar o Bernardo a distribuir balões coloridos para crianças carentes e voar.
Os Beatles me causam muitas vontades impossíveis, dentre elas comer aquele pudim esquecido, escondido e morto logo ali, atrás dos Strawberry Fields -ou seria em Penny Lane?
Tom Zé me dá vontade de ser crucificado -no bom sentido.
Você me dá vontade de ser crucificado -no mal sentido.
Eu quis dizer Você mesmo.
Guess Who me dá vontade de sair com uns amigos da pesada e matar alguém.
Mentira.
Bongwater me dá vontade de vomitar -no bom sentido.
Bob Dylan me dá vontade de vomitar -no mal sentido.
Wild Man Fischer me dá vontade de vomitar em Você.
Yoko Ono me dá vontade de viver até a minha última gota de pus.
Renato e Seus Blue Caps me dá vontade de matar quinze (pessoas).
Elis Regina garante a minha felicidade.
Caetano Veloso me dá vontade de subir em cima da mesa e proferir um discurso ferino contra a sociedade atual sem ligar para o fato de que eu possívelmente ficaria com ressaca.
Stormy Six me dá vontade de ser italiano.
Rita Pavone me dá vontade de não ser italiano.
Petula Clark me dá vontade de vestir uma camisa com uma estampa do tipo I s2 NY!, ir ao central park e ficar duas horas na fila pra patinar durante dois minutos.
James Taylor me dá vontade de ser estadunidense.
Você me dá vontade de não ser estadunidense.
Eu quis dizer Você mesmo.
Edith Piaf me dá vontade de ser francês.
O resto dos artistas franceses me dão ânsia de vômito.
Aksak Maboul me dá vontade de ser belga.
Mentira.
Aksak Maboul me dá vontade de ser Marc Hollander.
The United States Of America me dá vontade de montar uma banda como Os Mutantes.
Os Mutantes me dão vontade de montar uma banda como The United States Of America.
Os Mamonas Assassinas me dão vontade de rir.
Móveis Coloniais de Acaju me dá vontade de estudar fagote (Aksak Maboul também).
Aguaturbia me dá vontade de pular fingindo ser um guitarrista possuído.
Jimi Hendrix também.
Jefferson Airplane idem.
The Left Banke me dá vontade de.. sei lá; The Left Banke é uma banda muito boa.
Ben Folds Five me dá vontade de beijar o Elton John.
Elton John me dá vontade de comer macarrão.
Mentira.
Jamiroquai me dá vontade de dançar.
Carpenters me dá vontade de arrancar a cabeça do Mickey, além de ser feliz também -não necessáriamente nessa mesma ordem.
Victor Jara me dá vontade de pular alegre e chorar ao mesmo tempo.
Silvinha me dá vontade de sair por aí gritando "EU SOU BRASILEIRO!!" assustando a todos.
Ronnie Von também.
Ricky Vallen idem.
Volare me dá vontade de abençoar o Rock In Opposition.
July me dá vontade de roubar o acervo musical dos caras que trabalham na Mojo.
Vince Guaraldi Trio me dá vontade de desejar feliz natal a um cachorro de rua antes da data.
Os Garotos Podres me dão vontade de quebrar tudo, defecar ou terminar este post aqui.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Discurso indignado sobre o acesso e o interesse na rede virtual do Brasil ou Mais um texto chato para adormecer uma boiada.

O Brasil é um dos países que passa mais tempo online.
Porém, o Brasil, por incrível que pareça, ainda necessita de projetos de inclusão digital.
Necessita?
Sim, nos centros urbanos, a inclusão digital é alta.
Aliás, os computadores estão cada vez mais acessíveis tanto financeiramente quanto através de projetos do governo pela inclusão digital (aqui na minha cidade tem o Acessa São Paulo).
Sim, milhares de pessoas usam a rede (vulga internet) diariamente.
Os cidadãos de hoje em dia tem a incrível sorte de poder acessar a sites do mundo inteiro além de vários outros benefícios e facilidades que, sem a rede virtual, não teriam acesso ou oportunidade de conhecer jamais.
Mas, cá pra nós, acesso não significa interesse.
Está muito certo que o acesso auxilia o interesse (e talvez até o contrário) mas só isso não basta para que ele, o interesse, exista.
O Acessa São Paulo está sempre cheio de gente.
Pessoas que, segundo falsas estatísticas, estão querendo se incluir no mundo digital.
De fato, essas pessoas o estão fazendo, mas não da maneira na qual o projeto e seus beneficiados deviam focar suas intenções.
Sabe-se de muitos sites do governo bons, que divulgam boas oportunidades a cada dia, além de sites voltados para o futuro dos cidadãos; sem contar as ferramentas de pesquisa espalhadas pela internet.
Vê-se porém, exatamente o contrário.
Bibliotecas, programas do governo, lan house's..
Pessoas obstinadas em "instruir" sua vida com informações que de nada lhe prestarão além de falsas necessidades que só servem para ocupar o pouco espaço, no qual destinam seus -nada direcionados- pensamentos e intenções.
Pessoas que podem pagar para ir à uma lan house alienar-se ainda mais, mas que preferem usar o Acessa São Paulo -já que é um órgão gratuito- usar o orkut.
Onde estão os interesses dessas pessoas?
Por que os meios de comunicação em massa e a mídia não se mexem?
Por que o Estado não se mexe?
Será que está tudo assim, tão cômodo pra eles?
Poxa, o Brasil é um dos países que passam mais tempo online.
Ainda assim, o Brasil, por incrível que pareça, ainda necessita de projetos de inclusão digital.
Necessita?


Quinta-feira, dia 4 de outubro de 2007.

Sobre a minha dificuldade em escrever um texto.

Querem saber?
Eu estou cansado de escrever só quando sou acometido por uma falsa-inspiração.
Eu quero poder sentar-me à frente do computador e, simplesmente, sair escrevendo sem ter dificuldade em escolher algum tema ou contar alguma estória.
De fato, o que eu almejo parece ser de árdua realização porém, com treino, quem sabe eu consiga dominar essa técnica?
Aliás, preciso não dominar a técnica de dormir acordado e de escrever dormindo.


Quinta-feira, dia 4 de outubro de 2007.

Grande Dúvida II.

Eu não queria deixar os meus leitores apreensivos -se bem que leitores é o que mais falta em demasia pr'este blogue- mas eu não resisto.
Uma terrível procupação tem tomado conta de grande parte do meu tempo: "que curso técnico eu prestarei?"
Pois bem.. até ontem eu tinha a certeza absoluta de que faria Mecatrônica pois era a disciplina mais "viável" para mim já que prestaria em uma escola técnica perto de casa, além do fato de ser um dos novos cursos em voga (o CuRsInHo dA mOdInHa Da gArOtADa) que primam pela inclusão "fácil" no mercado de trabalho.
Porém, a idéia de fazer um curso de Museu me atrai muito mais, já que eu tenho uma tendência natural para a área de humanas e não de exatas, como Matemática, Física e.. Mecatrônica.
Agora, sobra o dilema: "fazer um porre de curso para ter uma semi-garantia no mercado de trabalho ou fazer um curso que tem a minha cara, pagando pelo transporte e correndo perigos, e passar pelo risco de não me garantir no mercado de trabalho?"
Acho até que já me decidi.
Amanhã ou depois irei a Santana e, seja o que Éris quiser.
Pode parecer que não, mas eu primo pela minha sanidade.
Agora, me passem a laranja.


Quarta-feira, dia 3 de outubro de 2007.
Escrevi o texto ao som de Ritchie Havens - Freedom, John Sebastian - Rainbows All Over Your Blues e Joan Baez - Sweet Sir Galahad.

Grande Dúvida.

Onde está o Rand Forbes?


Quarta-feira, dia 3 de outubro de 2007.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Pois é..

Não tem como dizer que eu tenho criatividade ou imaginação.
Vejam bem, eu posso escrever um livro mas me falta esses dois fatores.
Não é triste?