quinta-feira, 19 de junho de 2014

Querido diário - perplexo -, fiz a pêssega!

Fiz a pêssega!

Desde o início admiti ser pouco recomendável, mas fiz! O Ápice da Angústia e da Ansiedade veio com A notíciA: UM ACIDENTE DE MOTO! Como posso crer? Como posso descrer? Ele me atualizou o dia inteiro sobre os procedimentos transacionais, eu esperava a qualquer momento que ele sinalizasse o depósito. Quando fiz menção de ligar pra ele, ouvi que havia ganhado uma hora em soneca, e o meu coração = bolso - perdedores! - suspiraram, mas uma hora e meia depois houve o suposto acidente de moto e, primeira coisa que pensei, sua bolsa auxílio-viagem não seria remanejada para minha conta no Banco do Brasil. Justo ele, capaz de uma ladainha dessas? Justo ele, tão capaz de nutrir uma parceria-promessa, sofrer agora um acidente? Justo ele, sorria a cada tapa, cusparada, regozijava enquanto escarrava vodca com coca-cola na minha rola, sentia com júbilo o líquido espesso e brancacento misturar-se aos escarros cervejados que serviam de verniz ao rosto exausto que ofegava de prazer por eu lhe ter comido o rabo, JUSTO ELE!?

Mas basta de histórias machadianas, basta porque não basta aquele outro, dessa vez absolutamente delicioso, ter recusado - babaca! -, após deleitíssima trepada - gozamos juntos, porra! ele sorriu pra mim - no banheiro do SESC dispensar a troca de números por mim sugerida. Não aguento mais isso!, eu vou logo me declarar ao B. que conheci hoje de manhã no Chat Uol. Mas, argh!, ativos... Não entendo como passo tanto tempo da minha vida praticando um sexo que desafia esse blá-blá-blá anal, enquanto uns tontos se embrenham em ativismos, g0yzismos... Espero poder doutriná-lo a meu modo. Talvez ele esteja aberto... a se abrir!

Basta de histórias retardadas, por ora, por horas! Não basta eu ter iniciado a semana convencional resolvendo pendências kafkianas - com uma parte maquiavélica do meu passado. Quero um lekinho pra dormir abraçado, um ou muitos, mas arranjar um/uns com molho especial, cebola, grão de bico, sorvete de iogurte e outras coisas gostosas pra comer em cima. Adoro dormir com o F., mas nós somos difíceis um com o outro. Fico muito feliz de hospedar o M., com quem é muito bom dormir abraçado às vezes, sinto por ele um carinho especial - muito superior a qualquer coisa que poderia nutrir com o Í., praticamente a Catherine Deneuve em Repulsion, E. há de concordar comigo. Mas em matéria de hospedagem, meu coração s2 se revela ainda um ambiente vermelhamente aberto a forasteiros - aqueles que não tenham medo de desafios e uretrites.

Deu tudo certo! Conhecia os riscos desde o início, e me sinto bem, afinal. Meu salário seminal mínimo é matéria de orgulho. Há seis meses minha renda principal é $êmen - com direito a férias, separei este mês para divar!!!! Mas enfim, a contagem regressiva para tópicos uspianos está muito progressiva. Tenho que correr e correr e correr e conciliar essas demandas com minha atual obsessão por modificar meu corpo via musculação.

Pois é, eu sou cônscio ciborgue. E antropólog_. Ainda bem que não admito doutrinações e criticismos ingênuos e essencialistas sobre meu corpo. Construí-lo e ter noção de toda a artificialidade das minhas performances e saliências, me dá tanto poder... Amo muito meu amigo hermano E. - que bom que pude apresentá-lo ao G. -, nós somos as últimas passivas ardentes da ponte do Tatuapé. Mas não dá pra entender sua paranoia enclausurada. Sobre amor, fico muito feliz que essa coisa linda chamada T., que eu conheci naquela catártica semana em Santo André via M. - um dos meu corações -, tenha chorado de alegria por ter conhecido o E.. Aliás, muito bom ter visto E. semana passada, mais uma vez música leGal, cerveja leGal, papo leGal, filme leGal, tudo com Gal no fim - de preferência do Recanto. Aiai!, quando entrei naquele saguão, de repente aquele janeiro maluco entrou junto. Como pode ser que eu, de vida tão honestamente pacata no junho do ano passado, possa ter vivido buracos tão enlouquecedores como o F. no limiar venusiano de 2014, o E. naquele janeiro alokense, e o V. naqueles dois meses psicoativos e curitibanos. É cara, meus vinte e um foram do caralho, não foram dias perdidos, nunca ganhei tanto em tantas dimensões!

Como pode ser que meus últimos dias falem tanto sobre rostos novos, belos, reconfigurados... Viva o meu poder de regeneração almodovariana! Viva! Viva! Como é bom viver! Sem.

Fiz a pêssega...
Mas foda-se!