quinta-feira, 27 de agosto de 2015

pequeno relato bastante tardio

a primeira vez em que me surpreendi com a dimensão real daquilo para o que nebulosamente meu capital-bicha poderia me levar - e estava me levando - ...

foi quando 2D virou 3D

domingo, 2 de agosto de 2015

saca esse lance:
que décadence!
era um típico
apreciador
de um bom tríptico,
da art noveau...
virei crítico
de filme pornô
alguém poderia,
em dispondo de tela e carvão,
que manipulasse os instrumentos
de comunicação
com o paranormal,
ou então os segredos quânticos,
dentro das bétulas, pétulas, cédulas,
recônditas mitocôndrias infinitesimais,
tecidos epiteliais,
o anel dos Nibelungos
no dedo-duro da mão invisível
do mercado,
alguém que entenda o que há de galático
ou de gráfico
dentro de cada palavra,
cada conceito,
e se a mão lavra
penal direito,
pornógrafo, senão geopolítico,
cirurgião de grelo,
erudito, teógrafo, em levítico,
lexicógrafo, cantor maldito,
poeta de esquina, cadete, pê ême, puta fina,
alguém que manje, que
uma explicação qualquer pra querela que for
arranje,
um sábio sabiá que saiba assobiar,
cante, nos conte ou Kant,
Leminski, Warhol, Stein, a veia a fiar,
ALGUÉM,
Kandinski, Carol, Wittgenstein,
de Nazaré, de Belém,
nas asas da Panair,
ALGUÉM
que saiba dizer
como um tal sentimento
cabível ou cabila,
que não se arrefece
pode irromper,
entusiasmo esse
de querer muito ver
acontecer
entre alguém que quase não se conhece
e você...