quinta-feira, 18 de abril de 2013

Do café #1

Perguntei há mais de uma hora para alguém se essa pessoa já tinha ouvido falar de alguém cuja vida havia sido destruída por causa do café. Não uma entidade fanta-asmática, mas real, acafetado e ligeiro pulso a carregar lascas de parede através das trombas e trompas de uma corposfera. Disse-me que não. Tripliquei, e então seria eu - eu mesmo, euzinho - nessa história toda. Essa his-tória toda, nela, eu aparecia aos teventes como um profeta do mal: nada de sociedade de controle; nós seres-paulistanos chegamos a um certo nível de cafeína mortal, em que nenhuma falta de dor poderia dar conta dos reais e atuais objetivos da sinuca corposférica.
Honestamente, ou eu não sei lidar com o mundo, ou o problema da humanidade é o café, e eu sou a primeira pessoa a percebê-lo.