sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Da Idiotice Humana ou Sobre Laranja Mecânica.

Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, sem dúvida alguma, é um ótimo livro.
Forte, violento, maquiavélico, pessimista e realista, é um livro que exige uma certa reflexão.
Afinal, o debate apresentado sobre o Método Ludovico, uma espécie de lavagem cerebral desenvolvida para transformar delinqüentes em pessoas impolutas, merece maiores considerações.
É a tal coisa: até quando estaremos dispostos a abdicar da nossa liberdade para maior segurança? ou, no caso deste livro, o Estado pode ou não interferir na natureza humana a favor da ciência e da segurança "de todos"?.
Enfim, um método igual a esse, como foi exposto no livro, causaria para a vítima, uma difícil re-inclusão na sociedade, já que a violência é algo corriqueiro em nossas vidas.
Mas o que me deixa de fato emputecidamente... puto, é o fato dos jovens de hoje simplesmente lerem o livro e, ao invés de entenderem ou não entenderem o significado embutido nele, distorcerem o valor nele imposto.
Alguns criam gangues baseadas no livro e promovem um show, ou horrorshow, de vandalismo (isso é comum na minha cidade; São Paulo, SP, Brasil) às noites, como se Laranja Mecânica os obrigasse a isso.
Em 1968, Sharon Tate, atriz estadunidense, grávida na época, foi assassinada por um grupo de fanáticos liderado por Marc Chapman, que culpou o álbum homônimo dos Beatles (lançado no mesmo ano), que o teria induzido ao crime.
É a tal coisa; "Aqui parece reinar la opinión de que 'reflexionar' es cuando una persona pregunta por qué las flores se marchitan." (Rolf-Ulrich Kaiser).

Instruções ditadas (de um terráqueo) para um extra-terrestre ou 'How I hate do see the evenin' sun go down...'

A mulher deve ser submissa ao homem;
Não, não há problema algum nisso.
Qualquer raça que não seja de origem européia deve ser discriminada;
Não, não há problema algum nisso.
Animais servem apenas para serem explorados visando o nosso conforto e as nossas necessidades;
Não, não há problema algum nisso.
O homem pode usufruir ao máximo da natureza, sem se importar com possíveis seqüelas;
Não, não há problema algum nisso.
São direitos, deveres e características primordiais dos homens a corrupção, a cobiça e o egoísmo; Não, não há problema algum nisso.
Qualquer conhecimento científico, matemático, natural, social, geográfico, histórico ou biológico pode ser utilizado como base para um ataque bélico a outras nações;
Não, não há problema algum nisso.
Bombas nucleares podem ser usadas contra países inimigos, não importando os possíveis horrores que ela possa causar;
Não, não há problema algum nisso.
Fome, subnutrição, miséria, pobreza e escravidão devem ser algo corriqueiro nos países de terceiro mundo, incluindo Buenos Aires, Panamá e África;
Não, não há problema algum nisso.

Ouvindo Kenny Burrell & John Coltrane, Django Reinhardt & Stéphane Grappelli e Art Tatum.

Estatísticas.

  • 30% das ONGs não funciona regularmente.
  • Cada lata de alumínio reciclada poupa, em média, a energia elétrica gasta para manter uma televisão funcionando durante três horas.
  • 100% das pessoas que ouviram o Eros falar que sua mão estava coçando, disseram "É dinheiro!!"
  • 75% das pessoas que ouviram o Eros falar que sua mão estava coçando, sugeriram "Fecha a mão!!"

Exercício prático sobre o sedentarismo do autor.

Eu comi pouco chocolate na páscoa, sabem?
Então fui às lojas Americanas comprar uma caixa pra mim, afinal, eu mereço.
(Mentira).
Mesmo não merecendo, teimosamente, fui às lojas Americanas e comprei uma caixa de chocolate pra mim.
E então... eu a comi inteira.
Poucas pessoas sabem (mentira) que eu levo um modo de vida muito sedentário e, provavelmente, toda a energia acumulada por todo o chocolate que eu comi virará pelo menos uma destas coisas:
a) gordura.
b) merda.
c) gases.
d) espinhas.
e) todas as anteriores.

Desabafo indignado sobre a moda fútil em um bairro nobre de São Paulo.

Indigno-me com as pessoas que fazem compras na Oscar Freire, vulga 25 de Março da futilidade dos ricos.
Elas têm a sorte de morar no lugar mais estruturado de São Paulo e têm vergonha do país onde vivem (vide etiquetas, marcas, lojas etc).
Ridículo.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Sobre O Natal ou A Plástica Da Sharpay.

Ah, o natal.
Talvez o único feriado cristão do ano (oops.. acho que só têm feriados cristãos no ano) que, de fato, me deixa alegre.
Deve ser porque tenho boas recordações, embora tolas, do tipo: comida, presentes, família unida, árvore de natal, Coca-Cola etc (talvez a única recordação não-tola que exista para ser celebrada entre a noite do dia 24 e a madrugada do dia 25 de dezembro todos os anos, seja o fato de que um cara, há dois mil e sete anos, disse que as pessoas podiam ser legais umas com as outras e foi crucificado).
Enfim, não sou católico.
Talvez por isso, eu ache que seja importante ressaltar que o número de animais que são mortos durante o mês de dezembro (algo como o triplo, ou o quádruplo do que é produzido em cada mês normalmente), é um dado sustentado por uma tradição imbecil e irracional.
Oras, tomem como exemplo o presépio.
Os animais estão postados esperando pelo nascimento de Jesus, e não para serem devorados pelos três reis magos.
Quando na vida documentada de Jesus, é promovido um banquete com animais terrestres como um capricho?
O consumo exacerbado da carne é uma tradição pagã, e o Natal é um feriado católico.
Conclusão: reflitam.
Bom, hoje, o Niemeyer completou um século de vida.
Esses dias, a Liza Minelli sofreu um colapso durante um show em Stocolmo, mas não morreu.
Recentemente, a Sharpay do High School Musical fez uma plástica no nariz.
Tenham um bom dia.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Justificativa idiota e desnecessária para o post anterior.

Vejo tanta gente saudável e bonita da minha idade que só quer saber de se metidar para os outros, como se o que eles esbanjam fosse de alguma importância (falo da maioria, okay?).
E, cara, é de alguma importância sim.
Não pra mim (eu acho).
Eu não entendo o pessoal da minha classe, por exemplo.
Eles acham o máximo a recuperação; parece que estão em um campeonato de burrice/idiotice/babaquice.
Sinceramente, não me orgulho das coisas que eu não sei.
Pelo contrário.
Essa crítica que 'cês 'tão lendo, aliás, não seria possível se a minha professora não houvesse feito uma lavagem cerebral em mim.
Nossa... eu consigo deixar um texto realmente confuso.
UHUEAEAHUAUHEAUHEUHAEUAUAUHAUHEUWEUX
Ignorem a linha acima.

Intermezzo desabafado.

Cara.
Sinceramente.
Não tenho inveja alguma do estilo de vida da classe média alta desta cidade; sem querer ofender os meus colegas blogueiros pseudo cults (moda falar mal de meme, e nem sei que é isso.. melhor parar.. vai que eu sou um).
Na verdade eu tenho inveja sim.
Mas só do dinheiro.

Cansei de dar títulos longos para textos minúsculos de duas, três linhas.

Atualmente, ninguém está livre de ser alienado.
Se você não é alienado de um lado, é do outro.
Não fode, bicho.

Sobre o "show" do Police.

Podia ser pior; podia ser o U2 de novo.

Duas coisas.

A primeira dúvida

Acho que sou um vegetal.



Facilidades do dia-a-dia

Morrer.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Bossa Nova Is Dead ou A moda agora é namorar sentado.

Em um dia desses, eu assisti TV (não que eu faça disso um hábito).
Legal, não?
Pois assisti a um programa na TV Senado sobre música (eu não sei o nome; não é aquele do Artur da Távola).
Aliás, nem sei se é sobre música; só sei que haviam dois caras sendo entrevistados, e eles falavam sobre música.
Um deles, disse ser o dono do Clube da Bossa, um espaço aberto, segundo suas palavras, "para qualquer um" que deseja mostrar os seus dotes musicais bossanovísticos.
Durante o programa, vários representantes do Clube da Bossa se apresentaram, mas o que mais me chamou atenção na verdade foi, além da parcialidade do entrevistador, o teor crítico exposto no diálogo, o que acabou tornando o discurso falso e demasiadamente ReVoLuCiOnÁrIo !!!!!11!!!!!!!1!!
Chamo isto de falácia.
O entrevistado, cujo nome simplesmente ignorei, apresenta a re-divulgação da Bossa Nova como a salvação da música atual e o resgate da cultura nacional.
Falácia.
Se fala do apelo comercial presente nas músicas atuais; alusões ao sexo, às drogas, à violência, à vulgaridade, mas nada se pensa sobre o apelo existente nos clássicos da música popular brasileira.
É tudo uma questão de gosto; é óbvio que eu prefiro cantar alienatices como "o amor, o sorriso e a flor", com características dissonantes notáveis, a cantar Police, U2 ou As Meninas (mentira: eu gosto d'As Meninas; isso é bom).
Acho que me perdi.
Enfim, Bossa Nova não é o único movimento expressivo brasileiro que merece ser resgatado, afinal, ela teve suas influências: o jazz e o samba foram suas principais.
E não é certo, e isso é certo, que um movimento musical originado de outros dois, de origem humilde, seja apreciado exclusivamente pela elite.
Na minha (terrível) opnião, o que deveria acontecer, é próximo do que aconteceu (e paralelamente ao mercado, vêm acontecendo) na década de 60s; uma síntese de todos os estilos musicais de boa compreensão e qualidade.
E, aos emepebistas, bossanovistas e xiitas de plantão, lembrem-se: depois da Bossa Nova, perdeu-se pouco em harmonia, mas as letras ganharam maior complexidade e significado (Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Geraldo Vandré) e as interpretações se tornaram tão importantes quanto os itens supracitados (Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia).
Vale lembrar também nossos maravilhosos músicos, poucos com formação musical e estilo predominante da música cinqüentista (Zimbo Trio, Hermeto Pascoal, César Camargo Mariano, Lanny Gordin, Natan Marques, Sérgio Dias).
Estou com fome.
Um abraço, sir Rogério Duprat.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Sobre a inclusão da TV Digital aqui no Brasil.

Dinheiro para investir em televisão nós temos e, Oh!, mas que sacada a do Lula.

Prestação de esclarecimentos voluntária.

Palavra assim - Palavra estrangeira, de uso duvidoso, ou qualquer outra coisa do gênero.
Palavra assim - Nome, banda, essas coisas.
Palavra assim - Entidade, personificação, nome de semi-deus grego, nome de comida enlatada.
Palavra assim - Uso quando dá na telha, não enche o saco. 'Inda que estou aqui te prestando esses esclarecimentos idiotas.
Palavra assim - Eu na não sou tão buro burro assim, soy sou ?

Lembrança nonsense (e com sense também) da festa de casamento, a qual estava presente (e sóbrio), no sábado passado.

- Igor, teu pai é um canalha, aquele filho da puta.
- É mesmo.
Aperto de mãos.

André, meu primo, sobre as mensagens de mal gosto distribuídas ao fim da festa de casamento, a qual estava presente (e sóbrio), no sábado passado.

- Nossa. Recebi uma droga de mensagem. Que bom!