domingo, 2 de maio de 2010

Não sei se alguém lembrará do primeiro.
Finalmente, uma resposta digna, alguns (vários) meses depois.

quando eu subo
apartamento as dores
e a porta abre
e eu vejo as tuas cores
a noite passa
e eu me deploro submisso
à tua massa
e eu te exploro e eu te dispo
as tuas mordidas no meu pescoço
me enchem de tesão até o osso
e as tuas mãos seguras
me protegem no teu ombro
da noite obscura
que é linda e um assombro
quando eu acendo e te toco feito bicho
a gente ama, e não importa o luxo ou o lixo
(as tuas mordidas no meu pescoço...
quando deita e me beija o meu moço)
e eu durmo sem pensar qualquer verdade
porque sei que estou vivendo a eternidade

21 9 2009



eu assumo
apartamento as dores vis
'inda subo
até o andar número xis
calo a boca
abro a porta, 'cê me diz
"tira a roupa"
eu fiz isso mas não quis

olho a Lua
da varanda do meu ser
pego a sua
mão sem sequer responder
mais teus beijos
teus gemidos de prazer
(o teu queixo
me roçando pra valer)

meia noite
tic tac eu-blasé
"grande sorte"
e o culpado é você
ah! eu deixo
um suspiro sem querer
cai o eixo
que sustenta o meu viver

24 4 2010

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