A avenida cheirou a peito de peru e gasolina. Durante um punhado de horas. Insistentemente. Adverbialmente. Abandonei o ar quase respirável dos paulistanos, passos pulados na escada, grã-grande-grandiosa-gravidade.
No piscar em que a guichê do Bilhete Único perguntou se era de papelão a carteira (a minha) pensei tê-lo visto passar -de cabelo comprido, para eu não reconhecê-lo. Claro. Como eu o reconheceria de pelo crescido?, justo o da extremidade pensante, o único que ele aparava em seu corpo.
Ótima estratégia. Mas ele encatracou-se de pressa que estava, o que é um saco. Na verdade eu não posso ter certeza. Nem vi direito, não devia ser ele. Se fosse, talvez viesse me cumprimentar. Não era ele.
2 comentários:
nao era ele
''elA nao era elA
no corpo uma mulher, uma maquina de fragilidades impossibilitada
era um homem tambem daqueles, que não sentia o peso do seu arrastar''
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