sexta-feira, 21 de julho de 2017

Hello Niti -- minha primeira década

em 21 de julho de 2007 fiz meu primeiro post neste blogue.
é muito interessante ver como em dez anos os pequenos êxitos e as tão inspiradoras crises tiveram a duração de espirros. eu estava no primeiro ano do Ensino Médio. mês que vem defendo minha dissertação de mestrado. houve uma graduação inteira aí no meio, além do técnico. em 2012 estava tão academicamente absorvido que sequer tinha inspiração para nada. alguns momentos foram críticos por conta do coração.decepções (e às vezes celebrações) amorosas são um prato cheio para motivar a escrita. é quando há muito sentimento envolvido.
é muito gratificante ver as mudanças na minha escrita. e no meu estilo. de uma escrita anárquica e adolescente, quase concretista, até o barroco atual, muitas águas passaram, muitas bikes foram roubadas, muitas madrugadas perdidas ganhadas, muitas Samantas enterradas, muitos amores reciclados, muitos acordes vertidos pelo ar. aprendi a escrever, reaprendi, me formei e deformei. houveram anos em que eu fazia um balanço dos meus caderninhos de poesia. cacete, houveram muitas poesias boas e muitas ruins também nesses dez anos. sempre escrevi os dois tipos, haha! houve até difamação, risos.
no meu primeiro post eu dizia Cansei de blogues com crise existencial. não deu certo, para o bem e para o mal. os amores irreversíveis estiveram sempre aí, os meus, de dentro para fora e de fora para dentro. os temores e anseios também. os experimentos, as Sociais, o teatro, a academia, os programas, os anabólicos e a antropologia. a ansiedade.
este blogue é um flagrante da/s fase/s mais feliz/es da minha vida. pois escrever se tornou uma das melhores ferramentas para virar gente. passei a escrever na vida, encarando meus passos, rumos e abordagens como um escritor escreve e reescreve poesia, amassando folhas, rachurando laudas, rasgando páginas. no meio de todos esses anos, você, meu bloguezinho, foi minha casa, me ofereceu guarida e alívio.
sou grato a sua existência como sou grato ao próprio alfabeto.
no espaço infinitesimal da big data, de repente, fazer dez anos é eterno.

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